Rebelião dos Franqueados: A nova onda de protestos e ações na justiça contra franqueadoras

Franqueados buscam seus direitos diante de abusos e cobranças indevidas em grandes redes brasileiras

NEGÓCIOS E FINANÇAS

Luiz Felipe Garcia

7/24/20253 min read

Rebelião dos Franqueados

Quando pensamos em franquias, é comum imaginar um modelo seguro de negócio, com suporte constante e rentabilidade garantida por trás de marcas consagradas. Entretanto, nos bastidores dessa aparente segurança, uma onda crescente de franqueados insatisfeitos está mudando o cenário do franchising no Brasil.

Nos últimos anos, dezenas de franqueados de grandes redes têm se unido em protestos, formado associações e ingressado com ações judiciais coletivas contra suas franqueadoras. O motivo? Abusos contratuais, cobranças indevidas, falta de transparência e a imposição de cláusulas que transferem todo o risco para o empreendedor, deixando o lucro seguro apenas para as franqueadoras.

A Origem da Revolta

A tensão veio à tona após campanhas mal-sucedidas, exigências de compras mínimas excessivas e cobranças de taxas que não estavam claramente especificadas nos contratos. Um exemplo marcante aconteceu com uma grande rede de franquias alimentícias que exigiu compras obrigatórias de estoque para campanhas sazonais, causando prejuízos milionários a seus franqueados devido à falta de giro dos produtos.

Em depoimento, um ex-franqueado afirmou:

"Cheguei a vender R$ 200 mil em produtos, mas meu saldo final era negativo. Quanto mais eu vendia, mais prejuízo eu tinha. É uma matemática absurda, mas essa era minha realidade."

Judicialização das Relações

Com tantas irregularidades relatadas, ações coletivas passaram a se tornar comuns em tribunais brasileiros. Recentemente, uma associação de franqueados moveu um processo contra uma grande rede de franquias de alimentação rápida, apontando cobranças abusivas de royalties, descaso no suporte técnico e bloqueio injustificado no sistema de compras, gerando prejuízos e fechamentos forçados de unidades.

Advogados especialistas apontam que:

"As cláusulas contratuais dessas redes frequentemente são abusivas e extremamente desvantajosas para o franqueado, violando princípios de equilíbrio contratual previstos no Código Civil e na Lei de Franquias (Lei nº 13.966/2019)."

Associações como Forma de Resistência

Uma nova estratégia tem ganhado força entre os franqueados: a criação de associações independentes. Essas entidades buscam equilibrar o poder nas negociações com as franqueadoras e oferecer suporte jurídico coletivo, além de dar visibilidade às demandas e pressões sofridas por muitos empreendedores.

Um representante de uma dessas associações explica:

"Nosso papel é proteger o franqueado contra abusos, mostrando que não estão sozinhos. Já conseguimos vitórias importantes na justiça e seguimos lutando por contratos mais justos e transparentes."

Repercussão na Mídia e Consequências no Mercado

A visibilidade dessas ações vem afetando diretamente a reputação das grandes redes de franquias no país. A exposição das práticas abusivas tem feito novos investidores repensarem duas vezes antes de ingressar nesse modelo de negócio sem antes realizarem uma análise profunda e cuidadosa.

Fontes do setor indicam que atualmente existem mais de 1.000 unidades de diversas redes à venda, porém, com a reputação arranhada pelos escândalos revelados, compradores têm sido cautelosos.

Conclusão Provocativa:

A rebelião dos franqueados veio para expor a fragilidade por trás do sonho vendido pelas franquias. Mais do que nunca, é fundamental exigir transparência, questionar cláusulas contratuais e buscar o apoio coletivo como forma de evitar cair em armadilhas financeiras disfarçadas de oportunidades lucrativas.

Fontes Utilizadas:
  • Lei nº 13.966/2019 – Lei das Franquias

  • Depoimentos reais de ex-franqueados

  • Relatórios de processos judiciais disponíveis no TJSP

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